quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pirataria, Software livre e software pago.

(VS2008 continuação II)

Quando fui pegar o DVD com o VS2008 a pergunta foi: "Você sabe que não pode usar para fins comerciais, né?". Bom, claro que sei. Durante esses anos no ramo de informática fico pensando para onde nos levará a pirataria. E também penso se a pirataria não é válida. Quem nunca baixou um filme pelo torrent? Mas qual a diferença de baixar um filme e utilizar um software pirata?
Para mim existe uma diferença, mesmo que em ambas estejamos quebrando o direito autoral do produto. Piratear um software serve para que? No caso de uma suite de desenvolvimento a pirataria geralmente visa o lucro, em parte a curiosidade. É estranho pensar que você pirateia uma suite de desenvolvimento para criar um software e exigir que te paguem pelo seu software. Pois o que você fez foi justamente fomentar a idéia de que se alguém quer um software não deve pagar por ele e sim pirateá-lo.


Pessoas físicas que fazem isso alimentam uma indústria subterrânea, e paralelamente desestimulam o indústria do software a fazer melhorias e investir em pesquisas. Médias e pequenas software houses são as mais abaladas por esse mercado negro. Grandes empresas sentem a queda nas vendas, mas de uma forma ou de outra conseguem se manter investindo em diversos campos para manter o nome, a empresa e os lucros. Ambulantes que vendem esses produtos são reflexo de um mercado de poucos empregos, baixos salários e relações trabalhistas fracassadas. Eles veêm na pirataria uma forma barata de ter algum tipo de renda e sustentam um mercado informal, pois existe uma demanda por esses produtos. O discurso de quem compra software pirata é sempre com relação ao custo que uma versão original tem. E realmente, em geral, esse custo tende a ser alto. Por isso, as empresas tem investido em versões alternativas e mais baratas. Anteriormente escrevi sobre a versão express do Photoshop que pode ser acessado gratuitamente via internet. Essa é uma soluçao muito interessante e uma alternativa a versão pirata de R$ 10,00.


Pessoas jurídicas que utilizam software pirata cometem um grande crime, na verdade alguns grandes crimes. Essa é a pior e mais incoerente forma de pirataria, o uso de um software para gerar lucro sem pagar por isso. Nesse caso, estamos pensando em softwares que exigem algum tipo de licença para sua utilização. Até mesmo porque sendo o "pirateador" um desenvolvedor deveria ter consciência de que a atitude dele pode um dia se repetir em seu próprio produto, e não sendo ele uma grande empresa qual será seu futuro?

Como alternativa a essas posições vem o software livre. Software livre é aquele que pode ser utilizado para qualquer fim, distribuído sem limitações e passível de alterações sem a prévia autorização do desenvolvedor. Existem muitas alternativas para softwares licenciados nas versões software livre. Muitas vezes é mais viável a utilização do software livre ao invés da pirataria. Por exemplo, um pacote Microsoft Office que pode ser comprado por R$ 15,00 no centro de São Paulo pode ser muito bem substituído pelo Br.Office que é baixado de graça. O mesmo acontece com o sistema operacional baseado em LINUX, sempre atualizado e com diversas possibilidades de configuração dependendo da necessidade do usuário.


Os sistemas operacionais baseados em LINUX ganham cada vez mais espaço entre usuários domésticos e empresariais. A vantagem para as empresas é clara, o não pagamento de licenças para utilização das distribuições LINUX é mais do que interessante e corta gastos. Para os usuários domésticos a possibilidade de configurar um sistema com a sua cara, com as possibilidades do seu hardware e de baixo custo também são vantajosas.

Devemos lembrar que existe um enorme mercado, ou uma grande demanda, para softwares das mais diversas áreas de interesse. Assim, não deve existir uma guerra entre amantes do software livre e de fanáticos pelo software pago, apenas deve existir o direito da escolha. Cada um deve ter o direito de optar por esse ou aquele produto, a necessidade e o momento é que devem pesar na hora da escolha e não um monopólio. O resto é teoria.

Um comentário:

  1. gostei de tudo q ta escrito ai!
    eu to precisando fazer um trab d informatica sobre software pago vc poderia me ajudar?

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