domingo, 18 de maio de 2008

Para um desconhecido amigo.

PS: Im memoriam


Corre minha preta, corre dessa onda do mar
a vida não me levou de você por acaso.
Foi a onda do mar da vida que me pegou
pra deixar em você a saudade de quem ama,
um amor tão terno quanto o grão de areia.


Se eu tinha um sonho não era o de te deixar
o que eu queria o mar levou embora
seu carinho, seu apresso, seu abraço,
seu refúgio nas pedras dessa praia.


Eu pari quem te pariu, e isso não é pouco
do norte do Brasil eu vim pra te ver nascer
De lá e de cá eu vim só pra ver você,
carreguei o mundo nas costas
E agora eu parei pra olhar o mar.


O cair do Sol naquela tarde era na verdade
o cair de toda uma vida.
Mas eu juro que daqui dessa janela,
desse prédio, dessa cidade grande demais
o verão daquelas férias nunca terminou.
E meu amor por você nunca terminou.


A saudade nada mais é do que uma onda
que sempre volta quando estamos
sentados na praia pensando na vida
e na morte, em quem amamos,
em você.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Enforque-se nas cordas da liberdade.