Depois que saí da sala, quase duas semanas atrás, pensei: Caramba, o Almodóvar é tão doente quanto o Tarantino. Na verdade, até então só me lembrava dos traços de sexualidade nos filmes do cineasta espanhol. E fiquei surpreso quando assisti ao novo filme do diretor. Claro, isso que eu disse não tira as cenas sexuais tão presentes na obra.
A pele que habito não é um filme de terror, mas em alguns momentos a tensão é tão presente que a qualquer momento você espera uma explosão dos seus sentidos tamanha é a surpresa nas cenas. Na verdade, isso vem da mistura de que ele é capaz de fazer. Misturar tudo dentro de um mesmo filme, e não ter como produto uma massa disforme e sem sentido. Na complexidade que acompanha A pele que habito Almodôvar mais uma vez se reinventa, e de tão surpreendente cativa com um ótimo resultado.
As reviravoltas são o ponto alto da trama, durante todo o filme você vai tentando delimitar um caminho para determinada trama entre os personagens. E de repente algo inesperado acontece e todas as suas teorias caem por terra. É um ótimo exercício mental.
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