Data da pulblicação: 15 de Julho de 2009.
Vivemos um momento de crescimento no país, mas muito do que acontece hoje na questão dos empreendedores são iniciativas mágicas e que tendem ao fracasso logo nos primeiros anos. Mesmo com a ajuda de entidades como o SEBRAE ainda estamos longe de dar apoio ao empreendedor. "O futuro não acontece simplesmente. Ele é construído. Ele é aberto e não fechado. É divergente e não convergente" - Eunice Soriano de Alencar
Dizem que o Brasil tem o espírito empreendedor.
Já acreditei nisso, não mais.
Acho que inventamos o desesperedorismo - um tipo de atividade que os humanos fazem - de forma desesperada - para conseguir sobreviver, contra tudo e contra todos.
O tema me vem de pronto, pois encontro uma amiga no Museu da República que me fala de uma idéia maravilhosa na Web.
Eu, que já tive mil sonhos e idéias, suspiro.
Já rodei meu plano de negócios (vários deles) em investidores e sei hoje que o Brasil decididamente não quer (ainda) novos negócios.
Algumas iniciativas isoladas, mas nada como política estragégica.
O ambiente nos empurra para os grandes monopólios e para o poder do Estado.
A juventude hoje quer um emprego público.
Quem fatura são as empresas de concurso, novos monopólios de ensino.
Um ambiente empreendedor exige:
Dinheiro barato;
Investidores criativos;
Incentivo do Estado;
Incentivo à inovação;
Educação criativa e não tolhedora.
Olhem para os lados e notem se há algo assim no horizonte.
Vejam o quadro:
Temos os juros mais caros do mundo;
Investidores que exigem retorno semana que vem;
Um Estado que quer ser o pai e não um parceiro, que quer dar esmola e não ensinar a pescar, que só cresce e não fortalece o social empreendedor:
("vinde a mim as criancinhas que elas não sabem fazer concurso";
Por fim, quem inova é considerado maluco;
E os poucos que vão e ficam na escola, são doutrinados para serem tapados.
Outra tese: quem passa em concuros públicos é o pessoal da inteligência acumulativa, de dados, não aqueles que têm a inteligência da ruptura, geradores de novos cenários.
Isso é grave!
É o caos do tiroteio de cego na casa da mãe joana!
O Brasil inova mais uma vez: criou o desesperedorismo!
Concordas?
PS - sugiro a leitura do livro Startup, de Jessica Livingston, que tem como pano de fundo o ambiente propício à inovação americana. Não é para copiar, mas para pensar.
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