"Por gentileza, aguarde um momento.
Sem carteirinha, não tem atendimento
Carteira de trabalho assinada, sim senhor.
Olha o tumulto: façam fila por favor."
"- Todos com a documentação"
"- Quem não tem senha, não tem lugar marcado.
Eu sinto muito, mas já passa do horário.
Entendo seu problema mas não posso resolver:
É contra o regulamento, está bem aqui, pode ver."
Ordens são ordens.
"- Em todo caso já temos sua ficha.
Só falta o recibo comprovando residência.
P'ra limpar todo esse sangue, chamei a faxineira
E agora eu já vou indo senão eu perco a novela
E eu não quero ficar na mão."
(Legião Urbana in Metrópole - Álbum Dois de 1986)
Estranhei um pouco a seguinte crítica feita hoje pelo jornal Folha de São Paulo sobre o novo filme do Michael Moore:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u379434.shtml
Depois de ver o filme você realmente começa a se identificar com o povo norte-americano e percebe de onde vêm essas práticas usadas nos nossos planos de saúde brasileiros. O mais legal é que ele consegue fazer um histórico político de decisões que levaram a saúde dos EUA a chegarem nesse ponto crítico. Na verdade fica nítida a relação "dinheiro-produto" que é cultural, assim como a percepção de que tudo vira produto naquele país.
O filme também mostra como os impostos são utilizados de forma a REALMENTE servir a população em países como Inglaterra, França, Canadá e Cuba. Sendo que Cuba é um caso
a parte, diante de um país pobre "heróis" do 11 de setembro conseguem tratamento médico que não lhes foi dado nos EUA.
Michael Moore é um norte-americano que sabe muito bem sobre o país em que nasceu e se coloca numa postura crítica que muitos intelectuais insistem em dizer que não existe dentro
dos EUA. Aliás, para nós todo norte-americano é gordo, mexe com tecnologia, explora mexicanos e come no McDonnalds.
Quem puder veja o documentário Roger & me, que fala sobre uma fábrica da GM que deixa a cidade natal de Michael Moore.
Por último, queria deixar uma pulga atrás da orelha de quem ler esse texto. Qual a diferença entre estilo e fórmulas manjadas? Acho que a diferença está na postura de quem escreve uma crítica como essa da Folha.
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